A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus
E amamos juntos E depois na sala
"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala
E ela, corando, murmurou-me: "adeus."
Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus
Era eu Era a pálida Teresa!
............................................................Adeus" lhe disse conservando-a presa
............................................................E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"
Passaram tempos sec'los de delírio
Prazeres divinais gozos do Empíreo
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse - "Voltarei! descansa!. . . "
Ela, chorando mais que uma criança,
Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"
E a voz d'Ela e de um homem lá na orquesta
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! Ela me olhou branca surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!
E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"
Nome completo: Antônio Frederico de Castro Alves
Nascimento: 14 de março de 1847 -Bahia
Morte: 6 de julho de 1871 (24 anos) - Salvador
Nacionalidade: Brasileiro
Ocupação: Poeta
Escola/tradição:Romantismo
Nascimento: 14 de março de 1847 -Bahia
Morte: 6 de julho de 1871 (24 anos) - Salvador
Nacionalidade: Brasileiro
Ocupação: Poeta
Escola/tradição:Romantismo
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